"AGAINST, AGAIN: Art Under Attack In Brazil"
AGAINST, AGAIN: Art Under Attack In Brazil
Anya and Andrew Shiva Gallery John Jay College of Criminal Justice 860 Eleventh Avenue, New York 10019 February 14, 2020 – April 3, 2020
Abertura:
14.02.2020
das 17h30 às 20h
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Marcelo Amorim e Nino Cais, artistas orientadores do Acompanhamento de Projetos, participarão da exposição coletiva AGAINST, AGAIN: Art Under Attack In Brazil realizada no Museu da Diversidade Sexual, na Anya and Andrew Shiva Gallery.
A exposição Against Again: Art Under Attack in Brazil – que acontece na Anya and Andrew Shiva Gallery, da John Jay College of Criminal Justice (CUNY), em Nova York –, trata do atual contexto de autoritarismo vivido no país, reunindo um conjunto de mais de 30 artistas com práticas que respondem à tal opressão. Com curadoria de Tatiane Schilaro e Nathalia Lavigne e organização do projeto AnnexB, a mostra abre no dia 14 de fevereiro e fica em cartaz até 03 de abril.
Desde o fortalecimento de um movimento político conservador nos últimos anos, que resultou na eleição de um presidente de extrema-direita em 2018, ameaças e ataques contra políticos, ativistas, intelectuais e artistas dispararam. Ao mesmo tempo em que a violência contra grupos sociais tradicionalmente reprimidos aumentou, uma guerra cultural passou a ser evocada novamente com atos de censura apoiados pelo Estado contra instituições que não aderem a ideias sociais conservadoras. A mostra desenvolve um breve diagnóstico desses tempos sombrios e examina condições históricas do autoritarismo no Brasil, reunindo artistas de diferentes gerações e apontando conexões entre sistemas de poder tão antigos quanto o colonialismo e os atuais discursos neofascistas. Dividida em quatro tópicos, a coletiva aborda temas como censura, discursos de ódio e apagamentos sistêmicos em paralelo a estratégias de agenciamento. A seção “Expondo Opressões” reúne obras que revelam ou questionam narrativas hegemônicas nacionais, como o mito da democracia racial no Brasil ou a militarização da vida cotidiana. O trabalho “Eu, Mestiço” (2017), de Jonathas de Andrade, parte de um estudo da UNESCO da década de 1950 que celebrava a miscigenação do Brasil direcionado ao público internacional, disseminando estereótipos raciais. O artista Igor Vidor, que deixou o país com ajuda de uma instituição alemã após sofrer centenas de ameaças vindas de policiais ligados à milícia no Rio de Janeiro, apresenta um trabalho sobre a complexidade do mercado globalizado de armas. Em “Quebrando Silenciamentos” e “Subjetividades Desafiadoras”, grupos e discursos reprimidos ou censurados são tratados de forma mais direta, apontando vínculos entre gerações de artistas que lutaram contra a censura ou o silenciamento no Brasil. Sonia Andrade apresenta “A Caça,” obra retirada de uma exposição no MAM-RJ em 1978 por vincular a violência da ditadura à doutrinação cristã, tema também explorado por Anna Bella Geiger em “O Pão Nosso de Cada Dia” (1978). A exposição inclui obras de Maria Thereza Alves, que viveu em Nova York na década de 1980 e, como ativista, denunciou o etnocídio dos povos nativos durante a ditadura militar no Brasil. Já as obras reunidas em “Inserções em Mídia e Agenciamento” reconhecem as guerras ideológicas travadas pelos sistemas de comunicação e alternativas criadas a esses modelos. Durante a última ditadura, na década de 1970, artistas conceituais brasileiros como Cildo Meireles e Antonio Manuel criaram obras conhecidas como inserções em veículos da mídia ou outros sistemas para desafiar a propaganda do Estado. Estratégias similares são criadas hoje por artistas e coletivos como #CóleraAlegria, ação colaborativa que produz pôsteres, bandeiras e banners em oficinas para serem usadas em manifestações políticas e arquivados como imagens no Instagram pela mesma hashtag. Outros nomes como Giselle Beiguelman e Aleta Valente partem das redes sociais como matéria-prima em trabalhos que explicitam a banalização dos discursos de ódio nessas mídias. A mostra Against Again: Art Under Attack in Brazil foi uma iniciativa de Claudia Calirman, Carlos Motta e Cyriaco Lopes.
Artistas:
Sonia Andrade, Maria Thereza Alves, Marcelo Amorim, Giselle Beiguelman, Rafael BQueer, Nino Cais, #CóleraAlegria, Jonathas de Andrade, Anna Bella Geiger, Hudinilson Jr., Clara Ianni, Eduardo Kac, Randolpho Lamonier, Jaime Lauriano, Antonio Manuel, Arjan Martins, Virginia de Medeiros, Cildo Meireles, Ismael Monticelli, Rafael Pagatini, Anna Parisi, Regina Parra, Moisés Patrício, Dalton Paula, Aretha Sadick e João Simões, Berna Reale, Sallisa Rosa, Aleta Valente, Regina Vater, Igor Vidor.
Curadoria: Tatiane Schilaro e Nathalia Lavigne.
Organização: AnnexB-NY
Realização e suporte: Banco de Dados A Arte do Carnaval / Alayde Alves e Rothier Faria Collection e parceiros das seguintes galerias e coleções: A Gentil Carioca (Rio de Janeiro), Alexander e Bonin (Nova York), Coleção de David Kirkpatrick (Nova York), Coleção Estrellita B. Brodksy (Nova York), Galeria Fridman (Nova York), Galeria Estação (São Paulo), Galeria Jaqueline Martins (São Paulo), Galeria Luciana Caravello (Rio de Janeiro), Galeria Millan (São Paulo), Galeria Nara Roesler (São Paulo, Nova York), Galeria Vermelho (São Paulo), Henrique Faria (Nova York), Coleção Marval (Itália), Natalie e José Salazar (São Paulo), Periscópio (Belo Horizonte).
Mais informações:
The Anya and Andrew Shiva Gallery
John Jay College of Criminal Justice
860 11th Avenue
New York, NY 10019
gallery@jjay.cuny.edu
212-237-1439
www.shivagallery.org